Era para ser só um oi, dar o prefixo e tomar o rumo de casa, mas fazia 20 e poucos anos sem ver uma pessoinha que eu amava, levava para brincar na praça, carregava na garupa e essas coisas de primo 10 anos mais velho. Encontrei um adulto também muito amável, que não me deixou "só dar um oi" e ainda fez o favor de sentenciar "Black Label" (pois foram 4 surpreendentes - para mim - doses em 5 horas de papo; a cabeça não doeu no dia seguinte).
Foi assim: recebi às 14 da sexta 27/2 uma ligação de Porto Alegre de dona Dalva, mãe dele (e para efeitos práticos minha também) dizendo que ele tocaria no Café de la Musique às 20. Saí do trabalho, cheguei às 21 e me encantei papeando com ele até as 2. Eu não o via desde antes de ser DJ no Porto de Elis, aos 15, em Porto Alegre (duh... claro, Porto de Elis, Porto Alegre...). Logo foi para SP e ficou.
Falamos das infâncias, viagens, carreiras, artes, famílias, cachorros, casamentos, mas eu não cheguei a perguntar diretamente como é ser DJ. Parece que é o seguinte: te trazem de SP, deixam motorista na porta, e o Celsinho (quando cheguei eram os 2 na mesa, mas o Celsinho segurou tudo pelas 5 horas seguintes) dá conta do recado enquanto se resenha a vida com o primo. Pelo menos, foi o que eu (que nunca fui celebridade) entendi.
DJ Luciano Ucha
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