sábado, 23 de maio de 2009

Mike's 'Goodbye, stranger' video gift for us at Instituto Stela

What a superb gift and what a great musical taste. Canadian Mike McNulty stayed with us at Instituto Stela for 6 months as an intern through the International Institute for Sustainable Development (IISD). Mike worked closely with business leaders at Stela toward Sustainability Intelligence software using our technology. He also taught us important things about Canadians - for instance, that they do not live in iglus :). His presentations in our short Show & Tell sessions attracted big audiences both live and in SlideShare.

We 'stelars' appreciated very much this goodbye gift with the Supertramp soundtrack 'Goodbye stranger'. Thanks, Mike! You are a great person and I hope we keep in touch and meet again lots of times. Mike is back to his home in Ottawa. See the video in his blog or here:


segunda-feira, 18 de maio de 2009

Bunge mostra a Obama como resolver os problemas do mundo ('Bartender, I'll have whatever the Argentinian gentleman is having')

Quem conhece minha devoção ao guru e suas idéias sabe que sou suspeito para falar, mas eis mais uma peça de supremos bom humor, inteligência e clareza. Diz ele: "Permítame que, con característica humildad porteña, le ofrezca algunos consejos sobre política internacional y nacional." Rá rá ráááá...

São 7 conselhos sobre política externa e 5 sobre a política paroquial gringa. Onde é que eu assino? (Sim, porque, como Bunge explica, Obama foi eleito por 1% dos terráqueos - sim, faça a conta e não bobeie contando todos os norte-americanos, mas só os que votaram nele - mas afeta aos 99% restantes.)

Aos 90, parece o mesmo menino que fundou aos 18 a Universidad Obrera que Perón aplastó, só que com muito mais experiência e conhecimento de causa. Saiu no La Nación e foi copiado no blog Espacio Bunge, onde se pode ler na íntegra.

domingo, 17 de maio de 2009

Historinha de cidadania: Preciso conselho contra 171 de concreteira causadora de acidente e sua seguradora, em FLN

[Decidi usar este blog para relatar o empreendimento de enfrentar uma empresa surdomuda-quando-interessa que tenta se esquivar de me indenizar por um acidente causado (pois "confia na Justiça" e sabe que tem grandes chances de sair impune). Espero vencer e contribuir com mais uma gota d'água no oceano de brasileiros que se batem por um mínimo de respeito. Atualizações do caso no final do texto.]

Estou levando um 171 de uma concreteira causadora de acidente de trânsito e sua seguradora. Talvez alguém tenha experiência de enfrentar a situação; vejamos se blog e twitter me ajudam (É caso para Pequenas Causas? Entro direto com advogado? É fácil caracterizar e ganhar indenização por danos morais?).

Há uma obra no Itacorubi, em Floripa, na esquina da Feliciano Martins Vieira com a Alexandre Eusébio Pinto. A esquina não é um cruzamento, mas um joelho no trecho de uma rua que sai da quadra da Protegidos da Princesa (atrás do cemitério), sobe uma ladeira íngrime até a tal esquina, depois desce até o IML. A rua é estreita (é Florianópolis) e há betoneiras que estacionam na contramão e deixam um espaço exíguo para os carros passarem (no meu caso, na mão e no mesmo sentido em que a betoneira estava estacionada - na contramão).

Na quinta, 14/5, em torno de 8:20, levando meu filho de 3 anos para a escola, tive o carro abalroado pela betoneira placas ANU 7929, estacionada na contramão, que arrancou para a direita no exato momento em que passávamos (pela direita, na mão) lentamente pelo exíguo espaço deixado. Farol ligado, buzinada ao perceber o movimento, tentativa de desviar mais para a direita e parada do veículo não foram suficientes. Foi apenas uma encostada, mas a presença de meu filho de 3 anos me deixou nervoso (tentei disfarçar). A roda da betoneira afundou a coluna da porta do motorista, mas ainda dá para trafegar.

Perguntei aos operários da obra se sabiam o nome da rua (não, não sabiam, e a betoneira enorme estava estacionada justamente em frente à placa que eu não conseguia ver e que eles, da posição em que estavam, podiam ver...). A polícia não aceitou a chamada sem dizer o endereço, então saí na chuva, ladeira abaixo com meu filho no colo, tentando descobrir no grito o nome da rua.

Moradores nas sacadas não sabem, porém logo chegou o morador do local exato do acidente, no lado oposto à obra, e me deu as informações que permitiram informar o local ao 190 às 8:35, mais ou menos. Tirei fotos com o celular, peguei os dados de contato do morador, movi meu carro para que o vizinho pudesse chegar à sua garagem, avisei à concreteira às 8:40 (3335-6424, 48 s de ligação; dispensei habilmente a atendente - acho que era Sílvia, mas não anotei - que queria me "repassar" e declarei que estava apenas comunicando o acidente).

Deixei o guri na escola (perto, a pé) e esperei 1 h. Chegou a viatura 1892 e me encaminhou à 5a delegacia (perto da Penitenciária), onde fiz o Boletim de Ocorrência na companhia do motorista da betoneira. Pouco antes, chegou um suposto engenheiro, jovem, que conversou rapidamente com o motorista. Em seguida fomos chamados a relatar o acidente (sem surpresas - o motorista admitiu que bateu por não ver nosso carro).

Perguntei ao suposto engenheiro (que até então não me dirigira a palavra) se a empresa estava preparada para indenizar o prejuízo material e prover carro para meu transporte nos dias em que meu carro estivesse em conserto. Fez uma expressão de surpresa e disse que "a seguradora" (sem dizer qual) entraria em contato. Não me preocupei - afinal, tenho documentos de sobra. Só que, 3,5 dias ou 83 h após o acidente, a única atenção que consegui foi das polícias militar e civil no dia do acidente. 171 à vista.

Devo levar meu carro, que até hoje só "viu" a concessionária, a um "Martelinho de ouro" (pois assumo que o custo do conserto na concessionária custará metade de um carro). Se este fosse um país civilizado, eu faria o conserto na concessionária e cobraria da concreteira nem que fosse na Justiça. Só que, em Pindorama, não tenho essa certeza. Também vou alugar um carro por alguns dias, enquanto o meu fica no conserto.

Então, pergunto: alguém aí já teve o carro abalroado por carro de empresa? Conseguiu ser indenizado? Caso tenha levado um 171 como eu, foi atrás do prejuízo? Quais reparações conseguiu (danos materiais, danos morais, carro para andar enquanto o próprio fica em conserto)? Recomenda Pequenas Causas? Recomenda processo comum? Alguma dica?

Acho que não precisava esclarecer, mas lá vai: o prejuízo financeiro não é tão grande; eu felizmente posso pagar sem arruinar minhas economias. A motivação principal para buscar uma reparação exemplar, danos morais inclusive, é cidadã - eu adoraria ser vencedor em um processo contra gente desonesta, NO BRASIL (que dá tantas demonstrações esparsas de potencial para ser um país decente). Qualquer informação será bem-vinda. OBRIGADO!

[Update 19/5: Talvez não precise recorrer à Justiça, afinal. Fiz uma última tentativa de encontrar vida inteligente e fui (on-line) à Ouvidoria do (grande) grupo empresarial que é dono da empresa da betoneira. Apontei este blog post. Não sei se isso influiu, mas responderam em menos de 12 h e pegaram dados. Vejamos se se coçam. Volto aqui para informar...]

[Update 21/5: Meu carro está no conserto, supostamente para ser feito adequadamente e às expensas da seguradora dos causadores. Uma funcionária chegou a me ligar há pouco de SP, perguntando como está a coisa. Eu disse que "andando", mas ainda não tivera qualquer manifestação sobre o provimento de um carro de aluguel para minha movimentação, ao que a moça gentilmente me deu a entender que posso encomendar uma reza, pois eles não pagam. Mas, foi solícita a ponto de me pedir para relatar isso, para o caso da instância local (Floripa) da concreteira haver por bem pagar - mas que não era praxe eles pagarem. Sou brasileiro e "confio na Justiça", portanto já aluguei um carro às minhas custas. Vejamos se consigo reverter mais este 171. OBRIGADO PELAS MANIFESTAÇÕES ao vivo, por e-mail e aqui mesmo no blog. O caso é meu, mas eu quis fazer dele um pequeno episódio de cidadania. Não há por que darmos a nossa bênção a sacanas. Vou até o fim.]

[Update 5/6: O conserto do meu carro foi pago pela seguradora dos causadores do acidente (depois de eu acionar o grupo controlador da empresa local - parecem ter mais noção e temer danos à imagem). Agora vamos ao 2o tempo: ser ressarcido pelos gastos com locação de carro enquanto aguardava o conserto. Prevejo o seguinte roteiro: contato os causadores (por e-mail e por carta com aviso de recebimento), inicio processo de Pequenas Causas e, persistindo o 171, detalho aqui (e para a comunidade de negócios na qual os causadores estão inseridos) os nomes dos "bois" e analiso as chances e o tempo para ganhar um processo comum por danos materiais e morais. Volto para contar.]

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Plágio-cópia literal: mas é claro que o problema não é esse

A partir de um toque da Andréa Bordin, que me mostrou a matéria na Folha - Obrigado.

A Folha de São Paulo repercute os plágios de 2 artigos inteiros publicados originalmente na Química Nova e reproduzidos inadvertidamente pela Revista Analytica em 2007. Por mais chocante que pareça, o caso é apenas uma prova de que o plágio incompetente também existe. Mas o problema da desonestidade científica não é esse.

Oxalá fosse ("Que bão se sesse"), pois a desonestidade pueril é fácil de ser combatida. Há ferramentas para pegar o plagiador "no pulo". No caso específico, uma mera verificação de plágio literal (sim, Google!, que pega todo o SciELO, que inclui a Química Nova) denunciaria os 2 artigos.

A desonestidade competente é que é difícil de remediar. Esse é O problema nos países cientificamente mais avançados (vide um festival de artigos que desancam a peer review, por exemplo, este). Consta que nosso visionário Barend Mons, parceiro do EGC e do Instituto Stela, usou suas invenções em concept cloud num estudo exploratório com uma amostra de 10 mil research proposals para certa big agência de fomento e pegou coisa que duvidavam: muitas engenhosas operações de obtenção de financiamento duplo - óbvio que nenhuma delas fez a chinelice de usar plágio literal.

No Brasil, o problema é agravado pela falta de transparência nos processos. Se, por exemplo, não há feedback aos autores nas concorrências públicas por financiamento para pesquisa, um eventual transgressor - seja autor, avaliador, gestor ou um consórcio desses - é praticamente inimputável. Ainda mais se o transgressor conhece os meandros do sistema, tem reputação ilibada, é impoluto, probo, erudito, douto, de caráter sem jaça... e tem poder e se enfurece e fica agressivo quando esquinado. Que doido vai querer contrastar? Quem vai para a cadeia é quem denuncia (Lembram do funcionário público corrupto que recebeu 3 mil reais in cash exposto em horário nobre na TV? Levou MESES para ser demitido e não consta que esteja preso, mas quem filmou foi preso imediatamente. Não foi na C&T, mas você entendeu a idéia).

Mal comparando, é como certos casos de políticos contra os quais "nada nunca foi provado", ops..., "nenhuma condenação definitiva existe", ops... sei lá. O fato é que a coisa toda fica facilitada quando não há transparência. Conclusão: se a peer review é podre quando há feedback, o que dizer da que se resolve entre quatro paredes e não deve explicação para ninguém?

Mas, para mim, o problema ainda não é esse. Não creio que haja muita transgressão na C&T brasileira (afinal, o orçamento da C&T é troco de picolé, se compararmos com outros setores da economia e do governo). Para mim, o crime é interditar, engavetar, esconder o registro do conhecimento produzido no processo de avaliação - os pareceres consubstanciados dos avaliadores. Que o diga quem já recebeu feedback de qualidade. Vencendo ou não o pleito, sempre se aprende muito. Sem feedback, a garantia é de condenação: não aprenderemos, não saberemos por que nosso artigo ou proposta de pesquisa foi aceito ou não. O efeito sistêmico também é conhecido: continuamos atrasados.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

NYT points the finger at 'dragon killing schools'

I've heard it before, in Brazil (from Rubem Alves, but I can't quite recollect), as the story of dragon killers who decide, upon the extinction of dragons, to open a dragon killing school and carry on with it, no matter what. See what says Mark C. Taylor from Columbia University in "End the University as We Know It":

"The dirty secret of higher education is that without underpaid graduate students to help in laboratories and with teaching, universities couldn’t conduct research or even instruct their growing undergraduate populations. That’s one of the main reasons we still encourage people to enroll in doctoral programs. It is simply cheaper to provide graduate students with modest stipends and adjuncts with as little as $5,000 a course — with no benefits — than it is to hire full-time professors."

He compares the current graduate education system to Detroit (i.e. the obsolete auto industry that had to be changed). He also defends that "responsible teaching and scholarship must become cross-disciplinary and cross-cultural" while pointing scandalous misses and oversights of disciplinarity (the skewed, biased specialization).

Abolish departments, increase collaboration, restructure the curriculum, he says. But then what would dragon killing instructors do? (But, hey, this is the United States. Brazilian dragon killing schools are doing just fine, although some impertinent folks like ourselves at the Graduate Program in Knowledge Engineering and Management insist on interdisciplinarity and interaction with industry.)