quinta-feira, 26 de março de 2009

Café Scientifique Florianópolis, 31.mar.2009: Amor no La Bohème

O Café Scientifique é uma organização mundial de eventos que unem ciência e tecnologia a arte, cultura e música. Existe em muitos países. Funciona assim: há umas poucas palestras rápidas e segue a conversa com todos, usualmente regada a café ou o que aprouver. A entrada é franca.

Em Florianópolis, começou em 2007 e agora chega à 10a edição, dia 31/3/2009 (terça), no La Bohème Café, na Trindade, das 19 às 22. O Café Scientifique manezinho vem sendo fomentado pelo pessoal do EGC. Eu mesmo já fui apresentador, numa sessão sobre convergência tecnológica.

Esta primeira sessão de 2009 é sobre o Amor, com os palestrantes Adriana Alves, Carlos Remor (Tuto), Ermelinda Silveira (Meli) e Maria de Lourdes Borges. A organização está a cargo de Ana Lucia Fernandez, Andressa Sasaki Pacheco, Maurício Rissi, Rafael Leonardo Afonso e Sílvia Quevedo. O convite chegou assim (clique para ampliar):

Eu recomendo.

quarta-feira, 11 de março de 2009

ACM women's newsletter on the old, 'intriguing' lack of women in Computing

The last issue of acm-w [1(4), Spring 2009] is out. Since I always sensed (in my experience as CS professor) women presence in class as very beneficial, here are some notes:

  • Most articles approach the decreasing number of women in Computing.
  • In an interview, 25-year career professor Gloria Childress Townsend says the decline is unnatural, due to "artificial and unfair 'requirements' (or the perception of the requirements)".
  • David Klappholz criticizes the "programming-first approach to computing education" that "turns off far more scientifically- and mathematically-talented middle/high school girls and college age young women than it turns on". He reports on a study that reveals that women prefer "organic" careers (med, vet, biology, psychology...) that emphasize the very same skills that are lacking in the real Computing business (to which women didn't come), which is not so much about programming, but mainly about requirements. He then describes a project aimed at recruiting women for Computing based on the real Computing business, not the oligophrenic programming-only Computing (my adjective).
  • Former president of SBC (Brazilian Computing Society) Claudia Bauzer Medeiros reports on "Women at the Brazil National Database Conference" (SBBD). Good news that girls are getting together. Funny that the pictures show as many women being portrayed as men taking pictures.
  • "Ada Lovelace Day" column gives some background information on Ada's life. Good things to learn.

I´ve said it before but never in writing, so here it goes: to me, the whole problem with Computing begun right after the Eniac project was over. Eniac had a female-only programming team. Then men came and it is a long story for a blog entry... My summary is: the world was taken by hordes of irrationalists-intuitionists who are enemies of thinking, but can hammer a keyboard (until some time, some day the compilation will "pass"). The rest is our daily experience with "software" (the thing that you swear at) and "hardware" (the thing that you kick).

terça-feira, 10 de março de 2009

Possíveis rudimentos de uma psicanálise científica (descoberto mecanismo bioquímico alterável por maus tratos)

Desde que li as diatribes do meu guru Mario Bunge contra a psicanálise (que é uma picaretagem, que a psiquiatria científica não tem lugar para a psicanálise, que os construtos id-ego-superego não se sustentam cientificamente, que os poucos que tentaram fazer ciência em psicanálise não conseguiram confirmar nada e desistiram envergonhados...), presto atenção na questão psicanálise "versus" ciência (vai entre aspas nem sei bem por quê). Bunge põe a psicanálise no mesmo balaio da astrologia.

Se este fosse um blog de psicologia ou psiquiatria psicanalítica, eu temeria ser pulverizado telepaticamente por fundamentalistas (da psicanálise - pois suponho have-los em quantidade considerável). Mas não é, nem eu sou especialista ou sequer metido no assunto. Apenas interessado.

Ouvi Bunge e concordo com a parte fatual (Freud não fez ciência ao criar sua psicanálise - mas até aí nenhuma novidade, pois Maslow também não fez ciência ao criar sua pirâmide que tanta gente acha bacana e, pior, válida...), mas continuo respeitando a genialidade das concepções de Freud (coisa fundamental à grande ciência). Fiquei surpreso de descobrir que o próprio Freud escreveu (1895) um "Projeto para uma Psicologia Científica". Não conheço o documento; não sei se ele se propunha a investigar empiricamente, mas o título sugere isso.

Este comentário vem da leitura, no Jornal da Ciência, do artigo "Males da infância" de Marcelo Leite (originalmente publicado na Folha de São Paulo, 8/3/2009). O artigo não fala sobre a cientificidade da psicanálise, mas sobre a descoberta de um mecanismo (olha aí a sombra do Bunge) bioquímico diferenciado entre seres maltratados e não-maltratados na infância, o silenciamento de glicocorticóides na metilação do gene NR3C1.

terça-feira, 3 de março de 2009

Two papers accepted at the World Conference on Computers in Education (preprints available)

These two papers were recently accepted for presentation/publication at the IFIP World Conference on Computers in Education, in Bento Gonçalves-RS, Brazil, July 27-31, 2009:

  • Kern VM, Possamai O, Selig PM, Pacheco RCS, Souza GC, Rautenberg S, Lemos RTS. Growing a Peer Review Culture among Graduate Students. Full paper (10 p.)
    Abstract: Usual processes for pursuing education excellence in a graduate program are candidate selection, coursework, research, and thesis defense. In this paper, we present a complementary approach: the growing of a peer review culture among graduate students. We instruct first-year masters’ and doctoral students on principles for preparing a thesis proposal. Students present their proposals in collective discussion sessions with feedback from professors. The students then submit their proposals through a web interface and are instructed on the role they will play next – of anonymous referees of their peers’ proposals. The referee reports and general statistics are made available to all participating students and advisors. Updated proposals are submitted to an annual workshop open to all participating students and advisors. About 60 students take part in this annual series of seminars with peer review and workshop, generating 60 theses proposals and about 180 referee reports, 3 for each proposal. Students and their advisors receive detailed feedback on individual participation as author and referee. The main strength of the experience is the opportunity to assimilate the techniques of objective criticism and to reflect about the quality of own and others’ work. The paper also outlines research and development issues related to our effort to enhance the peer review culture among graduate students.
  • Kern VM, Saraiva LM, Braz ERC. Emergo: Academic Performance Assessment and Planning with a Data Mart. Short paper (5 p.)
    Abstract: National-level, objective assessment in higher education has been a practice in Brazil since 1996, surviving political shifts that frequently dismantle public policies. This paper presents the Emergo Project – the assessment of Psychology students using a data mart with multiple-choice questions from national exams and students’ answers. We run two annual examinations, giving individual feedback and discussing aggregate results with faculty and students. We identified patterns for the evolution of correct answers across semester enrolled – Growing, Decreasing, Peak, Constant, and Other. Actual results in the national exam suggest that the feedback and discussions might have helped achieving superior performance standards.

The first one discusses our approach of first-year masters and doctorate students peer review of thesis proposals at EGC/UFSC. The second is an account of a project conducted at Univali (Biguaçu-SC), in which Psychology students were assessed using questions from national exams, with a strong participation of students and professors in discussions about aggregate results.

Both versions are preprints - the final version will probably contain edits (and might be copyrighted).

segunda-feira, 2 de março de 2009

Livros e revistas em editora.stela.org.br

Já estão disponíveis há algum tempo, mas acho que nunca é demais divulgar o acervo em http://editora.stela.org.br/:

  • Conhecimento & Riqueza: (livro, 2007, editoras Instituto Stela e EGC/UFSC):
    Contribuição do Fórum Sul para o debate sobre uma política nacional de inovação tecnológica. Organizadores: PACHECO, R.C.S. e MARTINS, R.
  • Fibrose Cística: Enfoque Multidisciplinar (livro, 2008, Imprensa Oficial do Estado de Santa Catarina):
    Primeiro livro brasileiro sobre a atenção à saúde dos pacientes de fibrose cística e seus familiares. Organizador: LUDWIG NETO, N.
  • Núcleo de Mídia Científica da UFSC (acervo de divulgação científica, 2001 a 2004):
    Matérias sobre a pesquisa, extensão e formação no PPGEP/UFSC. Inclui a divulgação jornalística de teses e dissertações.
  • Jornal UFSC C&T (acervo de divulgação científica, 1999):
    Projeto de conclusão de curso de Jornalismo dos então estudantes Alexsandro Vanin, Fábio Mayer, Gustavo Klabunde, Ramiro Pissetti e Romeu Martins, orientados pelo professor Nilson Lage.
  • Revista Nexus (acervo de divulgação científica, 2001-2002):
    Revista do mesmo grupo que o Jornal UFSC C&T, com a inclusão de Lúcio Baggio em lugar de Ramiro Pissetti.

A publicação on-line gratuita é parte de uma parceria do Instituto Stela com os detentores do copyright para que seja dado o maior acesso possível aos livros e às arrojadas iniciativas jornalísticas (cuja descontinuidade é comum no Brasil, não obstante a alta qualidade e valor).

domingo, 1 de março de 2009

DJ Luciano Ucha me explica o que é DJ

(Talvez "família" demais para blogar, but anyway...)
Era para ser só um oi, dar o prefixo e tomar o rumo de casa, mas fazia 20 e poucos anos sem ver uma pessoinha que eu amava, levava para brincar na praça, carregava na garupa e essas coisas de primo 10 anos mais velho. Encontrei um adulto também muito amável, que não me deixou "só dar um oi" e ainda fez o favor de sentenciar "Black Label" (pois foram 4 surpreendentes - para mim - doses em 5 horas de papo; a cabeça não doeu no dia seguinte).

Foi assim: recebi às 14 da sexta 27/2 uma ligação de Porto Alegre de dona Dalva, mãe dele (e para efeitos práticos minha também) dizendo que ele tocaria no Café de la Musique às 20. Saí do trabalho, cheguei às 21 e me encantei papeando com ele até as 2. Eu não o via desde antes de ser DJ no Porto de Elis, aos 15, em Porto Alegre (duh... claro, Porto de Elis, Porto Alegre...). Logo foi para SP e ficou.

Falamos das infâncias, viagens, carreiras, artes, famílias, cachorros, casamentos, mas eu não cheguei a perguntar diretamente como é ser DJ. Parece que é o seguinte: te trazem de SP, deixam motorista na porta, e o Celsinho (quando cheguei eram os 2 na mesa, mas o Celsinho segurou tudo pelas 5 horas seguintes) dá conta do recado enquanto se resenha a vida com o primo. Pelo menos, foi o que eu (que nunca fui celebridade) entendi.



DJ Luciano Ucha